quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Lideranças Munduruku publicam carta dos povos do Tapajós ameaçados pelo Complexo Hidroelétrico do Tapajós

4/12/2012

Nos dias um e dois de dezembro foi realizado no município de Jacareacanga, o Seminário de formação de militantes do Movimento Tapajós Vivo.


O evento contou com o apoio do Movimento Tapajós Vivo, Fórum da Amazônia Oriental, Ação Mundo Solidário, Congregação das Irmãs Passionistas de São Paulo da Cruz e Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição.
O evento foi uma oportunidade de se discutir e debater os impactos sociais e ambientais da construção de hidrelétricas na Bacia do Tapajós. Também foi uma forma de criar ações de resistência a esse projeto.
Ao final do encontro, as lideranças Munduruku e colaboradores não indígenas publicaram uma Carta Aberta sobre a construção de barragens que formarão o Complexo Hidroelétrico do Tapajós.
No documento eles afirmam que essas barragens não servem para os povos e as populações do Tapajós. Lembram ainda, que pela Constituição Federal, o governo não é dono de tudo. A terra e a água tem dono. É o índio. E que os indígenas não deixar nenhum branco destruí-la.
Afirmam ainda, que não vão deixar brancos entrarem em suas aldeias para fazerem pesquisa. Se algo acontecer a estas pessoas, será de total responsabilidade do governo federal e das empresas.
Ao final do documento, as lideranças enfatizam que a partir de agora, vão reunir com os caciques para fortalecer ainda mais a resistência.
À luta, serão ainda incorporados ribeirinhos e pescadores, quilombolas para agir no impedimento da construção das barragens.
Assinam a carta, os 67 participantes do Seminário de formação de militantes do Movimento Tapajós Vivo em Jacareacanga.

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