4/12/2012
Nos dias um
e dois de dezembro foi realizado no município de Jacareacanga, o Seminário de
formação de militantes do Movimento Tapajós Vivo.
O evento
contou com o apoio do Movimento Tapajós Vivo, Fórum da Amazônia Oriental, Ação
Mundo Solidário, Congregação das Irmãs Passionistas de São Paulo da Cruz e
Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição.
O evento foi
uma oportunidade de se discutir e debater os impactos sociais e ambientais da
construção de hidrelétricas na Bacia do Tapajós. Também foi uma forma de criar
ações de resistência a esse projeto.
Ao final do
encontro, as lideranças Munduruku e colaboradores não indígenas publicaram
uma Carta Aberta sobre a construção de barragens que formarão o Complexo
Hidroelétrico do Tapajós.
No documento
eles afirmam que essas barragens não servem para os povos e as populações do
Tapajós. Lembram ainda, que pela Constituição Federal, o governo não é dono de
tudo. A terra e a água tem dono. É o índio. E que os indígenas não deixar
nenhum branco destruí-la.
Afirmam
ainda, que não vão deixar brancos entrarem em suas aldeias para fazerem
pesquisa. Se algo acontecer a estas pessoas, será de total responsabilidade do
governo federal e das empresas.
Ao final do
documento, as lideranças enfatizam que a partir de agora, vão reunir com os caciques
para fortalecer ainda mais a resistência.
À luta,
serão ainda incorporados ribeirinhos e pescadores, quilombolas para agir no
impedimento da construção das barragens.
Assinam a
carta, os 67 participantes do Seminário de formação de militantes do Movimento Tapajós Vivo em Jacareacanga.
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